Em julgamento pela morte de Henry, mãe do menino diz que namoro foi marcado por agressões e que fazia sexo com Jairinho para atenuar
Rio de Janeiro – A mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, comparou sua relação sexual com o ex-vereador Dr. Jairinho a um ritual do sexo. Ao depor no julgamento pela morte do filho, na quarta-feira (9/2), a professora explicou que o ex-namorado tinha uma personalidade controladora até em momentos íntimos.
A mãe do menino Henry Borel disse que o ex-casal recorria ao sexo após suas constantes brigas. Em algumas delas, o ex-vereador a enforcava para demonstrar poder. Segundo Monique, não existia outra posição, nem outro local que satisfizesse o parceiro.
“Eu tinha que namorar com ele para ele se acalmar. Senão, ele não se acalmava, continuava gritando, gritando e gritando, sem parar. Era sempre na cama, em cima de mim, me enforcando, não de modo que eu estava sendo torturada, mas como se fosse uma posse, um controle até na hora de estar namorando comigo”, afirmou.
Ainda no depoimento à juíza Elizabeth Louro, da 2ª Vara Criminal, a professora contou que as relações sexuais entre o casal envolviam agressões por parte de seu companheiro.
“Todas as vezes que nós namorávamos, era como se fosse um ritual. Era ele em cima de mim, não existia outra posição que a gente pudesse fazer. Ele sempre me enforcando, sempre me mandando eu dizer que ele era o único homem da minha vida”, relata.
“Ele queria que eu dissesse que nunca tinha transado com outro homem, que nunca tinha gozado com outro homem. Ele me obrigava a dizer isso até ele completar o que tinha que completar”, contou Monique.