Kevin Magnussen viveu uma largada complicada no GP de Singapura, disputado no último domingo (3), e um toque com Max Verstappen após os primeiros metros fez com que o dinamarquês revivesse um pesadelo particular na temporada 2022: a bandeira preta com bola laranja. Esse tipo de bandeira indica que o competidor possui uma parte do carro defeituosa, oferecendo perigo aos demais rivais, e o obriga a ir aos boxes trocar a peça.
A questão é que apesar de ser uma regra que foi utilizada poucas vezes — ou nenhuma —, nos últimos anos, já é a terceira vez em 2022 que ela é agitada para o próprio Magnussen: já havia acontecido em Canadá e Hungria. Assim, novamente o piloto saiu incomodado com a interpretação da regra por parte da direção de prova — que teria passado dos limites, em sua opinião.
“Eu nem percebi que houve aquele contato, não sentia nada de diferente no carro”, explicou Magnussen. “A equipe me disse que o dano era pequeno. E era na placa lateral da asa, o que já explicamos à FIA que está presa. Eles deveriam saber disso. Eles fazem as regras. Essa parte não se solta. Então, não é uma preocupação de segurança e aqui nem estava balançando. Passaram dos limites ao agitarem a bandeira preta e laranja”, reclamou.
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Chefe da Haas, Guenther Steiner opinou em linha parecida ao seu piloto, indicando seu incômodo com a regra, que não teria sido aplicada “nos últimos 12 anos”. Ainda antes de sofrer novamente com a bandeira em Marina Bay, o italiano já havia demonstrado sua insatisfação.
“Algumas decisões que foram tomadas ainda me chateiam”, concordou Steiner. “Em 12 anos, aparentemente não houve bandeira preta e laranja. E agora, em um ano, nós já tivemos duas [antes de Singapura]. Nunca houve um risco de perder as peças do carro. Eles simplesmente inventaram isso, ou não sei onde encontraram essa regra de novo, e agora estão felizes em aplicá-la, especialmente para nós”, disparou.
Por fim, Magnussen espera que possa haver um diálogo entre Haas e FIA, para que se evite uma repetição. O dinamarquês pontuou que os pilotos precisam sentir que podem disputar posições na pista, e tantas punições por alguns toques podem fazer com que as brigas diminuam ainda mais em corridas apertadas. No fim, o piloto terminou em 12º e saiu de Singapura sem pontos.
“Espero que possamos falar com eles de novo, e espero que eles possam perceber o que queremos dizer”, disse Magnussen. “Você precisa poder ter alguns arranhões no carro. Isso é Fórmula 1, você tem que estar disponível para lutar. É claro, eu entendo: se a asa dianteira estiver pendurada, você não quer que ela pare embaixo do carro ou que acerte alguém. Mas é uma parte muito pequena da asa que está presa, então não vai sair”, encerrou.
Magnussen diz que FIA “passa do limite” ao determinar pit-stop por “parte que não solta” – Grande Prêmio
